terça-feira, 31 de julho de 2012

Idiotices do João [23]

Agora sim, o adequado para se falar, você consegue compreender?

Quando João vagou pela rua, tomado de desgosto por si próprio, percebeu que a mão direita da esperança estava fria como a morte, enquanto a mão esquerda da escuridão estava mais quente que o próprio inferno. Consegue digerir todas as inexpressões de seus fracassos? É claro que labutamos, meu caro João, além de interpretações equivocadas dos sentimentos aberrantes de todos os lados. Não temos ideia do que está sendo feito aqui, não há importância, não nos parece legítimo? Talvez se você me dissesse, os conflitos de interesses, sempre o de sempre, mas é claro que poderemos subverter, queima-se forte, houve expectativas, como sempre há, eu disse que era o de sempre, somente relutando que vem fácil provavelmente mais fácil irá se não de se desenvolver, passou-se como um vendaval soprando um fogaréu, agora não passa de uma chama sem substância, quantas hipnoses dentro de si próprio são necessárias? Aqueles que tremulam aos ventos de suas arrogâncias debilitantes, você consegue me ouvir? Enchem a casa, se convertem, saem para farrear e se agarram, beijam-se, esquecem-se que suas almas se conectam ao se beijarem e penetrarem? Mas precisam manter a máscara, e não se preenchem, o vazio é imenso e faminto, coitado, mas não temos pena, não, não. Enquanto isso, João intumesce-se cada vez mais de se próprio, basta-se, é isso? Arrogância de acha que pode coordenar tudo sozinho, mas é para isso que hipnotiza a si próprio, forçar-se a creditar em fantasias, para, dessa forma, permanecer vivo neste mundo injusto. Quantos poderão nos alcançar com palavras ditas em riste? Seu criminoso, você foi péssimo, João se lembra daquela infância de novo, largado de qualquer jeito, não era, bem cuidado, sim, era sim, o quanto?, largado em casa, mas havia tudo ao alcance, tudo, monetariamente falando estava tudo ao alcance, conforto, mas o conforto do toque?, criou-se sozinho neste aspecto, emocionalmente falando, emocionalmente deturpado, não compreende o efeito de confiar em outrem, não haverá, mentira, sabemos que haverá, apenas ele não se engaja e basta, convence-se de que sim, não é isso que as pessoas gostam?, do que se viram sozinhos, virando-se na espiral de seu caos interior, repleto de energia em excesso, acumulando-se, com quem iremos dividir?, não precisa, não importa, João escolhe devagar com quem irá compartilhar sua alma, escolhe sem pensar, intuições, poucas pessoas, aqueles beijos dos belos cachos permanecerão na memória porque arderam as chamas de que são feitas as almas no momento em que estas se encontraram e se mesclaram durante o ósculo, mas hoje percebemos que não é mais nada pelos trejeitos corporais, então por isso João vagou pelas ruas da noite enquanto se contia para não urrar e chutar tudo o que aparecia pela frente, mas hipnoses, meu querido, acima de qualquer mediocridades, não se preocupe com os demônios, tentou se alegrar jogando, mas vários vazios subitamente apareceram, aqueles papinhos inexpressivos de sempre, não nos interessamos por essas cascas, nossa verdadeira força aparece da reflexão solitária, agora mudamos para lutar por foco e equilíbrio, não precisamos de insetos sem valor ao nosso redor, então ele acorda repleto de novas disposições, você compreende?, enquanto realizarmos nossos sacrifícios poderemos continuar canalizando as energias, péssimo filho, lembre-se sempre, João é péssimo filho e um fracasso nas relações desses que são sangue do seu sangue, fracassou mesmo, continua fracassando, eles sofrem com sua ausência, então você rasga sua pele para que a culpa, sempre faminta, tenha seu alimento, agora não ingerirá mais carne, não mais, sacrifique-se, uma vez que não deseja fazer o que é considerado melhor, não voltará para falar e conviver, não quer suportar, poderia, se quisesse, podemos fazer tudo, sim, tudo, basta querermos, não existe essa de eu não consigo, consegue sim, então na verdade é até pior, essa consciência plena de que não faz e não consegue porque não quer, daí os sacrifícios, que tal dar sopa para mendigo?, também não quer, ego inflado e egoísta, não deseja sair de sua zona de conforto, embora cause desconforto aos que estão ao seu redor, é péssimo, mas agora você sabe, já sabia, continua intumescendo-se de si próprio, cada vez mais repleto, cada vez mais lunático, quantos mais continua atraindo?, nas madrugadas em que os demônios mudam de forma e se tornam inesperadas surpresas, continuarão vindo, de todos os lados, então não há necessidades de sofrer por tão pouco, sofrer pelo o que nunca teve, ou pelo o que teve por pouco tempo, sabe que não conseguiu se controlar e falou palermices, sabe e tem consciência, aquela revirada de olhos do desprezo, conhece bem, sempre faz isso com a maioria lixo ao seu redor, então nos resignamos, retornamos à nossa fantasia fechada, no fim todos aclamarão quando forem impressas, não é isso?, irão todos ler, e vão todos elogiar e se emocionar, então por que se preocupar?, questão de tempo, apenas, auto hipnose, é o melhor de todos, é o máximo!, urra para si próprio, se é verdade ou não não nos interessa, força-se a acreditar em fantasias para viver cada vez mais, o péssimo filho foi cortado das finanças e sozinho terá de se virar, finalmente aconteceu, nossos planos continuam, urramos para a escuridão, urramos em nossas meditações diárias, para conseguirmos nos suportar, para nos enamorarmos cada vez mais com a solidão, não precisamos de nada além de nós próprios, fantasias, cada vez mais lunático, só que ao menos suportaremos, no fim, enquanto todos se enganam achando que poderão contar uns com os outros, não, nascemos sozinhos e morremos sozinhos, João solta mais berros para o alto e fala sozinho, olha estranhos para os lados, lunático, continue chicoteando-se, ao menos as histórias seguirão melhorando cada vez mais, permaneça, cresça e viva, viva. Acredite, e realize.

Sim.

**As opiniões expressas nesse post são de total responsabilidade do seu autor.**

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Notícias de Quinta [70]

Oi pessoas. Aparentemente o Twitter está com a asa quebrada hoje e eu não pude consultar meus favoritos (onde salvo vídeos e algumas notícias). Então vocês vão ter que se contentar com o que tem pra hoje.
A Ligia também não tem contribuições. Sendo assim...


Empresa paga R$ 3 mil a mulher chamada de "gordinha" em nota fiscal (Vai gordinha!)
Mãe hackeia site de escola para mudar notas de seus filhos (No meu tempo o que mudava nota ruim era uma boa surra de cinta.)
Sátiras com HQ incomodam Serra e futuro da iniciativa estaria em xeque (Veja aqui a original e uma das sátiras.)
Internet é a maior causa de procrastinação, diz estudo (Não me diga?!)
TIM envia SMS para clientes alertando que pode ter problemas de sinal por causa de 9º dígito (Mas a TIM já tem problemas de sinal normalmente.)
Interno da ex-Febem consegue "liberdade" para estudar em escola técnica na Baixada Santista (Apenas que:  “Espero adquirir mais conhecimento, poder mudar de vida e conseguir um trabalho(...)" *Aplausos*)

Isso sempre acontece.

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sábado, 21 de julho de 2012

Idiotices do João [22]

João sentado no escuro, olhando para nada em lugar nenhum.

Estamos repetindo palavras. Estamos repetindo padrões. Houve um sucesso, ele se lembra, naquela vez em que se enfadou medonhamente de si mesmo. Houve um sucesso. Hã potencial tremendo, obscurecido por ilusões estúpidas de grandeza. Há silêncio. Mas houve sucesso após inúmeros fracassos e supostas humilhações à menor pessoa do maior ego do universo. Exageros. Acariciou-se ao sentar na cadeira. Estamos aqui.

Olhe. uma risada cheia, naquele olhar de desdém. Desmedidas. Gargalhada repleta de menosprezo. Ocultou-se com gracejos. Desrespeitoso. Mas então olhou. João estava preparado, daquela vez, estava disposto a caçar para valer. Devolveu o olhar com ferocidade suave, uma piscadela, um envolvimento de alma soprada no ouvido. Uma aproximação, um papo rápido e certeiro. Lábia oculta, algum esforço, fanfarronices galanteadoras. Uma aproximação mais ousada. Um beijo.

Beijo. Beijo. Beijo.

João perdeu-se. Tempos se passaram. Almas se encontram no ósculo? Importâncias demasiadas e jamais compartilhadas. Quantas travessuras no escuro? Você tem medo do mundo, disseram. Você se esconde dentro de você mesmo e não permite que ninguém mais se aproxime. Aquele ali acha mesmo que entende João, enquanto esse outro coitado aqui acha que o entende. Devaneios injustificados e prepotentes. Sentou-se na cadeira, de pernas cruzadas, para menosprezar a idiotice de existir.

Beijou com vontade. Ao menos uma vez teria de doar-se outra vez.

Houve papos, houve piscadelas. Uma despedida. A chuva. Caminhou.

Na chuva, gargalhou feito tolo. João estava vivo novamente. Vamos urrar para os carros.

O mundo que não entendemos continua girando. Relações ao seu redor se desfazendo em pó, aquele coração partido que continua invadindo a casa para se ferir. João aponta o dedo e menospreza, atenta para não se envolver. Eles que são idiotas que se entendam. Envolvem-se, se entregam e se ferem feito baratas mordiscando as próprias pernas! Umas crianças. Aqui um reclamou que não era disso, mas então, se não sabe lidar com várias relações malfadadas ao mesmo tempo então não desça para o playground dos senhores don juans! Uma palermice, o que é isso? Essas múltiplas cadeias de beijos sem alma nem envolvimento significam o quê? Puritanismos falando aqui? Entregou-se para aquela carência lamentosa, João olha e ri, alguém mergulhou na luxúria desdenhosa, gabar-se para sentir-se imenso perante o resto, algum sentido há? Mas João consegue entender o próprio esquema?

Hã uma certa conjectura, uma certa insegurança. Um olhar desviado naquele momento em que a fraqueza torna-se dolorosamente escura. Toda a pose de desdém fingido não é capaz de mascarar a vergonhosa timidez. É capaz de perdoar o que é verdadeiramente?

Desta vez ocorreu porque houve atitude. O clichê de filmes e histórias?

Queria mais daquele beijo. É tão humilhante ser humano, não é mesmo, caro João? Menosprezou as necessidades de outrem, apontou o dedo e tachou-os de insignificantes e de escravos da luxúria. Sentiu-se superior por fingir não se importar? Fracassou.

Encontrou novamente, para abraçar e beijar. Porque tinha de sentir novamente. Falas e palavras e gracejos, e maravilhas de apresentações, e compartilhamentos. Palavras, confidências. E beijos.

Deliciou-se. De verdade, desta vez? Quanto tempo faminto de significados? Sentiu almas se entrelaçando, como deveria ser. Óculos de chamas, egos inflados debatendo-se enquanto se mesclavam no contato dos lábios. Chamas adicionando chamas para explodir um incêndio.

Nenhuma outra adição seria necessária. Aguardaria.

Tolice...

Clichês, estamos aqui. Dolorosamente humano, não é isso? Nem sentido em relatar, é a mesma merda, e estamos nos perdendo. Belezas se foram. Quando foi ali para fanfarronear, fracassou outra vez. Como é que se brinca disso? Já esqueceu? Nada interessou, então não se esforçou, então nada levou. Mas era para levar algo? Pontuar significa encostar em lábios sem significado? Torturar-se por falhar em seduzir o que não interessava? Há mesmo o medo do mundo? Há alguma coisa em algum lugar?

Esperar. O quê? Não veremos e não saberemos quando voltar. Há drama excessivo? Há excessos. Trancafiar-se novamente nunca foi solução. Quanto mais negará outros? Mantém-se distância segura e dolorosa - para não sofrer com envolvimentos, mas sofrer por não se envolver.

Agora adianta falar? Não consegue responder. Não haverá terra para lava, não houve vapor com água; neste instante, deseja novamente os lábios de fogo para reduzir o medo do mundo às cinzas de um incêndio.

O louco se fecha nas cortinas de sua própria alma, aguardando urros ilusórios de chamas em lugar nenhum.


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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Notícias de Quinta [69]

Não é a toa que... (leia a primeira notícia)

Anatel exige mudanças de estrutura em todas as operadoras, e suspende vendas da Claro, Oi e TIM a partir de hoje (Resumindo: Detona tudo e começa do zero de novo.) (Só eu rio tanto quando leio uma dessas? xD)
Napoleão Bonaparte foi enterrado sem pênis(Por que alguém faria uma coisa dessas? E o que faria? Não dá nem para brincar direito.) (Sem minhoca embaixo da terra? *desculpa piada ruim =(*)
Morre aos 71 anos Jon Lord, tecladista do Deep Purple (Mais um monster of rock que vai. 2012, já cansei de você! #RIP)
Remanescente da 2ªGM e criminoso mais procurado desta, Laszio Csatary clama inocência e permanecerá em prisão domiciliar ("Só estava cumprindo ordens". Depois fala que é inocente.) (♪Quem ordena a execussão não acende a fogueira...♪ Se ninguém 'cumprisse ordens' desse tipo não haveria guerra, right?)
Arquivo revela em fotos que Carlos Lamarca foi executado, e não de doença hepática, conforme Estado explicou na época (E as verdades por trás da Ditadura começam a aparecer. Antes tarde do que mais tarde.)
Durante ditadura, SNI destruiu 19,4 mil documentos considerados secretos ("Só estava cumprindo ordens". De novo? É fácil acusar superior que já se foi.) (♪Quem ordena a execussão não acende a fogueira...♪²)
Uso excessivo de internet e celular pode estar ligado a estresse, depressão e dificuldade para dormir (Pode? Só constataram o óbvio. Mas esse excesso pode ser também, o que acredito que seja a maior parte dos casos, uma válvula de escape para o verdadeiro incomodo pessoal.) (Ah é? Vejam a próxima \/)
Internet demais pode causar distúrbios mentais (O texto está em inglês.) (Suspeitei desde o princípio.#Phodiou)
Evangélicos causam confusão e tentam invadir terreno em Olinda ("Saia deste terreno Satanás!", "Jesus tem o pudê!", "Sou evangélico, mas também ex-matador".) (Depois vem pro nosso lado com: "Respeitem a minha fé!" Aham, respeito na mesma medida que respeitarem as outras 'fés'.)
Brasileiros esquecem de 1,5 bilhões em aplicação de 40 anos atrás (Ow pessoal... Se querem que o dinheiro continue rendendo, beleza, só socializando 1% para mim e 1% para @thaismoret que esta tudo certo!) (hsuahsuhaushuahsuahsu *rindo do comentário da Ligia*)
Agressões e ameaças levam professores da rede pública a se afastarem do serviço em SP (Desrespeito aos professores é uma das coisas mais absurdas. Aí fica essa pirralhada dizendo que não gosta de estudar e os pais dando razão pra eles. u.u") ("Meu filho esta certo, o professor que esta errado". Governo tem que investir na Educação, isto é fato consumado. Mas a população tem que fazer a sua parte também.)
No ensino superior, 38% dos alunos não sabem ler e escrever plenamente (Porque nos níveis anteriores, os professores bons tiveram que se afastar por causa de agressões e ameaças e etc...) (Só 38%? Ao meus conhecimentos tem mais de 50%.)
Fazer a barba todo dia é 'aniquilar a pele', diz médico americano (Faça amor, não faça a barba!) (Homens reclamam de fazer a barba. Hunf, queria ver ter que encarar as depilações que as mulheres fazem. Parariam de reclamar por pouco.)
Por que a educação moderna criou adultos que se comportam como bebês (Conhecemos muita gente assim, não é?)(Seria porque é mais fácil e cômodo ficar dependendo de pais (que podem bancar) o resto da vida, do que aceitar que está na hora de ser independente?)
Mulher já consumiu mais de uma tonelada de pedras por estar chateada (Como disse a Mari Nogueira: Quem nunca?)(Imagina quando estiver grávida?! Vai comer a casa inteira, e os móveis de sobremesa!
Justiça sentencia acusado de causar morte em acidente automobilístico a frequentar cultos em igreja evangélica (Isso que eu chamo de castigo. >.< *Estado laico manda lembranças.*) ("Jesus tem o pudê!")

Não posso ser testemunha de Jeová porque não vi a briga. =/

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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Notícias de Quinta [68]

Esse vídeo é um clássico da internet. Obrigada a @Clarthur que twittou ele essa semana.

No interior de São Paulo, cobra é encontrada em banheiro de pastor (Essas amigas que confundem privada com piscina, viu?) (Se não era venenosa e não mordeu/matou o pastor, então não me interessa.)
Sete problemas dos jogos das redes sociais (Preciso sair desta vida. Urgente.) (O problema dos jogos das redes sociais são os jogos das redes sociais. E o pior é que eu jogo.)
Vídeos de rock babys (Porque rock and roll é para todas as idades.)
Operação flagra trabalho escravo no Brasil (A Lei Áurea foi escrita quando mesmo?) (♪Todo mundo sabe. Ninguém quer mais saber. Afinal amar ao próximo é tão demodé.♫)
Vereador dobra patrimônio e alega que foi por ter ganhado na loteria (3 bilhetes sorteados? Agora que não acredito mesmo.) (Mafia das loterias. Já li sobre isso em algum lugar.)
Cientistas conseguem detectar Alzheimer antes dos primeiros sintomas aparecerem (Cada uma, uma supresa   científica. #Adoro.)
Samsung vence processo judicial contra Apple porque Galaxy 'não é tão estiloso' (Eu ri. Pelo menos você compra um Galaxy pelo que ele faz e não pela 'beleza', né?) (Samsung 1 x 0 Apple)
Mulher mais gorda do mundo perde 50kg graças a maratona de sexo (Ri muito quando o marido disse que:  "Uma vez, quando ela ficou por cima, eu não conseguia respirar" hasuhaushuahs) (Mais uma desculpa para os viciados. *Como se precisassem.*)
Americanos protestam em Nova Yorque contra a restrição a venda de refrigerantes (Pra quem vive reclamando que as marchas daqui são inúteis.)
Dormir muito ajuda a perder peso, diz estudo (Pronto. É essa a dieta que vou fazer nas férias.) (Até agosto pessoal.)
Moradores de rua encontram R$ 20 mil e entregam para a PM (Honestidade é rara, mas ainda existe.) (O mais surpreendente é que honestidade é notícia nesse país, já desonestidade é algo comum e amplamente praticado.)
Diário Oficial de SP desaconselha uso de bicicletas na capital (Foi amigo do Serra que escreveu? Porque tamanha burrice só pode ter partido de uma pessoa que pensa, inclusive, que aumentar o número de ônibus em circulação pioraria o trafego de São Paulo.)

As NdQs dessa semana foram coletadas por mim e pela Li Cris.

Problemas? Dúvidas? Sugestões? Elogios? Ofensas? Declarações de Amor?
Deixe um cometário. ;D

Não adianta me olhar com essa cara. Segunda-feira eu saio de férias e você não vai me impedir.

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Idiotices do João [21]

João se levantou da cadeira e se atirou pela janela.

O mundo lá embaixo parecia menor. Afastava-se cada vez mais, em vez de se aproximar. Quantas nuvens mais teria de engolir? João sapecava a própria respiração, pois tinha medo de se afogar com ar. Seria mais legal se pudesse cuspir fogo pela bunda, não é mesmo?

Que tal se enforcar com as próprias tripas? Talvez alivie um pouco.
Há um futuro indefinido. Você sabe o que será? Sabe o que quer ser. Não se fala muito, deseja-se, pegaria uma faca para rasgar o excesso e deixar que jorrasse um aglomerado gosmento de ansiedades. Queria estar na foto, não é mesmo? Enfrentaria uma palestra chatíssima de Marias Caneta? Não macule o nome da Maria dessa forma. Não seja um misógino. Mas é assim que enxerga. Não apenas mulheres, homens também. Diminuem-se, rastejam, anseiam pelo toque da celebridade. Quais suas liturgias? Apegue-se, enquanto outros dizem o contrário. Quantos mais fingirão que não se importam? Anseiam pelo afeto. Gostar-se-iam de si próprios ou prosseguirão batendo cabeça até que o cérebro vire pasta? Desconcertos em sinfonias viciadas, não há luz, talvez não para todos, você é capaz de sentir as aranhas mastigando seu crânio com presas de titânio derretido?

Abrace o mundo.

Olhe aqui, João. Você pode andar agora? Estamos aguardando.

Eu sou o universo. Eu sou meu próprio planeta. Não há ressentimentos ou questionamentos? Estamos faturando alto com gargarejos próprios. Tudo foi perdido. Quantos escutarão os heróis que se foram, quantos?

Quantas Marias gritarão pelo seu nome? És tolo, se pensa que conseguirá dessa forma. Tem de esperar. Suas ações ainda são incomparáveis com os que estão muito à frente. Mas quem determina isso? Devia ter ficado para tirar novas fotos. Umas lembranças de inveja? Negue sua negatividade, afunde-se um pouco mais. A escuridão não é uma delícia? Onde estavam os heróis que se perderam?

Estavam nas escolas. Acobertaram-se com escuridões sortidas. Olharam para dentro de ressentimentos. Ressentimentos de novo. Que tal uma pitada de frustrações? Estamos repletos de negatividades. Nega-se muita coisa. Alimente-se mais um pouco de carne morta. Não queremos mais. Será? Sabe. Sôfrego nas intermediárias. Não há muito sentido. Precisaríamos?

Eu gostaria de berrar o que todos pudessem ouvir.

Abrace seu inferno particular. Abrace seus demônios, estão todos carentes. Estamos sendo claros? Talvez prefira rasteja em alguma sombra gosmenta. Havia uma intenção, mas aleatoriedades talvez sejam mais bem vindas. Podemos pensar? Poderíamos escolher um par.

Há chamas que estão por vir. Estamos tentando não olhar. Vejamos. Há chamas para se misturar com outras labaredas. São da mesma simbologia? Significaria algo? Umas constelação de uma tal ciência falida. Qual a sua realidade? Ao menos, será que se veste bem? Pelo menos há cachos, sempre estamos vendo cachos. Nossas heranças. Adiantando estão? Quantas desventuras daquele outro. Palavras de clichê. Ele se soltou, mas ela se apegou. Apegar. Novamente essa questão. Quando é que todos vão parar de fingir?

Infantilidades. Não se chega aos pés. Sabemos.

Sentidos. Significados. Está sôfrego?

O que é que deu errado quando todos os heróis se foram?

Não se sabe escrever, enquanto há sombras rondando o mato de doçuras perdidas. Ele olha para respirar, você pode me acompanhar? Deveríamos absorver, engolfar tudo. Inclua algumas ignorâncias. E quantas intolerâncias? Foleia para se enervar outra vez. E outra. Está se perdendo, não temos mais significados disponíveis, a feira acabou, agora os preços são caros.

Nós somos o mundo, João disse para si. Eles nos falaram, nós somos. Enquanto Maria estiver distante, nós somos o universo. Nossas mediocridades rosnarão alto sempre que arranharem demais. Pode afogar um pouco mais nas nuvens? Só não solte fogo pela bunda, isso é ridículo. Já perdemos o contato. Cerrar os dentes para uma parca luz talvez não seja suficiente. Então ele cospe no tecido existencial e escala a montanha da tentação. Teremos nosso prêmio. Pessoas se reduzem a quê? Quem te elegeu senhor melhor que todos? São apenas ilusões de uma grandeza inexistente. E quantos mais acham que é incrível? Aguardam o toque da celebridade que está para nascer. Está mesmo? Inebriados de espetáculo. Que tal soçobrar no quarto escuro?

João se senta na cadeira da praça. Poderia jogar milho para imagens confortáveis. Pare de olhar. Definiram vinte e um. Sua segurança virá quando a serpente morder a própria cauda. Senhor simbolista. Pretensão. Abrace o mundo. Abrace-se.

Falam que não há filosofias. Falta de lógica. Não estamos no devaneio. Estamos só pretensiosos.

Pelo menos está caindo em direção às estrelas, enquanto se afoga nas nuvens.

Nós somos o mundo.

Eu sou.


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sábado, 7 de julho de 2012

Idiotices do João [20]

São julgamentos tão gelados quanto o Nono Círculo do Inferno.

Carecemos de maiores vontades. Poder-se-ia emancipar desejos controversos em troca de toques inócuos, mas só estaríamos estuprando nossa própria falta de carência. O que é tratar de um desejo que não existe? Forçar-se-ão para agradar paradigmas falidos? Gostaria de dizer a você o que penso, mas não conseguimos formular frases nem para nós mesmos. Ilusões dançam na tapeçaria de nossa mente, ao menos as fadas se acariciam de verdade, e não restringem seus temores. Gostaria que eu explicasse os desenhos do braço? Julgamentos de valores pré-estabelecidos, olham com desgosto, olhar-se-ão para dentro de si próprios com a mesma determinação? O tribunal está aberto, além da percepção de tempo, tempo é apenas uma percepção, uma ilusão conveniente para o construto de nossa mente. Todos os tempos existem, ao mesmo tempo, em todos os tempos. Assim também é com o espaço. Abaixe sua cabeça, recolham as nove esferas. Você está no tribunal, é a décima, reponha sua insignificância! Quantos reconhecimentos são possíveis perante os sôfregos...

...

...há uma tristeza aqui. A melodia percorre seu caminho lento, meio cambaleante, enquanto soluça para si própria. Desperdiçando-se. Na verdade, consegue manter-se focado... mas ignora tudo mais ao seu redor. Isola-se. Trancafiando-se a quantas chaves mais? Não pertencemos. Não pertencemos.

Não pertencemos. Não pertencemos. Não pertencemos. Não pertencemos. Não pertencemos. Não pertencemos. Não pertencemos. Não pertencemos. Não pertence.

Não pertence a lugar algum, meu caro João.

Há uma hierarquia na desarmonia. Uma pequena doçura pode anular uma avalanche de amarguras? Rasga-se a pele, registra-se as chamas negras de negação. A negatividade é a negação dos sentimentos. Raiva, inveja, frustração, rancor, mágoa, solidão. Rasga-se a pele, sangra, registra-se a escuridão. O lado esquerdo das trevas.

É clichê, parece um moleque de 15 anos.

Claro, porque só a merda dum moleque para declarar as negatividades nojentas que o dilaceram por dentro. Claro. Todos os senhores adultos são todos seguros de si, sim, nenhum deles chora ou entra em colapso, não; afundar em depressão é mais fácil, né não?

Perdeu-se a beleza. Julgamentos. O rumo foi desviado por bobeiras rancorosas.

Não desperdice palavras.

Não negue, João.

João não pertence. João não abre. João não abraça. João não joga. João não toca.

Você preenche os vultos. Escolhe os meneios. Julga antes de tentar. Morre-se de tédio. Renega antes mesmo de ver. Melindres. Tolices. Melhor se afastar. Intocável. Intolerante. Impermeável.

Quando, desde quando. Quando?

Anestesia em silêncio.

Julgamentos...



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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Notícias de Quinta [67]

Oi, cambada.
Hoje o Caderno em Branco completa 2 anos, 67 Notícias de Quinta, 51 Fernandices e 26 Kabralices sendo 19 delas também Idiotices do João. Continuem se divertindo aqui com a gente.

É disso que os fóbicos tem medo? Eu até que curti.

Vovô de 71 anos tem 22 mestrados, 1 doutorado e 3 especializações (Isso que eu chamo de vontade insaciável de estudar.) (~bocejo~)
França aprovará casamento e adoção para homossexuais em 2013 (E, claro, isso vai abolir completamente TODOS os direitos dos heterossexuais, né? u.u" Aliás, parabéns pra França.)
Ator Chuck Norris faz campanha contra Obama (Enquanto isso na América, terra da liberdade...)
Cinebiografia de Jimi Hendrix não terá músicas de Jimi Hendrix (Vão fazer um filme sobre o cara e a porra da família não libera as músicas. Que babaquice é essa?)
Pessoas preferem comer salada a fazer sexo, diz estudo (Hum... Depende da salada.)
Estudante forja sequestro para não entregar TCC, diz polícia (Eu entendo. É uma fase difícil. Eu mesma tentei forjar o sequestro do meu pendrive no dia da minha apresentação e tal...)

Eu gostaria de aproveitar para dizer que esse dia é muito especial também porque a Sonserina ganhou a Copa Inaugural das Casas no Pottermore. Chupa Grifinória!

Parabéns a toda a nação Sonserina! É nóis!


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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Idiotices do João [19]

Você deve mudar esses maus hábitos, querida, ou deixarei de amá-la, deve mudar, deve entardecer, deve compreender; aqui não depositamos posses, sequer nos cansamos, embora às vezes tomemos um ar, para que nossas respirações se misturem com nossas dúvidas a respeito dos sentidos. Quando ele escalou o prédio para salvar a mulher que amava, não achamos belíssimo? E quando ele encontrou a menininha que gostava e para ela se declarou? Era doce e suave, era sensível e amorosa, macia e suculenta. Ou as carnalidades não se misturam com amores? João olhava para si próprio enquanto se pendurava no abismo, não foi divertido desabar no escuro? Escondeu-se, aquela gracinha pulou em cima de você, tão desejosa de seu corpinho, olhou-o de cima baixo quando chegou, achou-o até de ombros largos? Sorriu, que encantador, sorria com os olhos, era uma graça, uma fofa; mas a bebida desceu rápido, tamanho o desejo pela loucura, tinha de se desligar, quantos ali poderia eletrocutar? Poderia queimar todos, deseja tanto reduzir tudo a cinzas? Poderia berrar do alto dos céus e dilacerar a própria existência com um grito profano, fornicaria o tecido da realidade com chamas inebriantes de prazer sinistro, destruiria o mundo e o recriaria, para que todos tivessem direito a segundas e terceiras chances, todos poderiam renascer e recomeçar suas vidas repletas de fracassos e traumas, quantos não se cobram dessas tolices? Olham para a TV e para a internet, deixam-se enganar pela exigência das ilusões, picotam a si próprios por não possuírem o corpo perfeito daquela modelo, o rosto belíssimo daquela celebridade, o carisma inacreditável daquele artista, o dinheiro milionário daquela socialite. Cobram-se pelos absurdos inexistentes, despencam em abismos de sofrimentos pela frustração do que nunca tiveram nem nunca foram. Quantas gerações de idiotas criamos até chegarmos a este ponto deplorável?, pergunta-se João. Olha para a janela do seu próprio intestino, que tal as estantes flutuantes de livros rastejantes? Talvez se tornassem aranhas devoradoras de sonhos, talvez extirpassem suas dúvidas limitantes, quantas declarações para mesma pessoa você realizou, meu caro João? Caçou uma ilusão que jamais se tornaria realidade, uma fantasia, em vez de permanecer fiel às fantasias já causticantes o suficiente que criara para si próprio. Porque iremos abrir asas de fogo e voar alto, em direção ao Sol, para brilhar  mais poderoso que o Rei das Estrelas!

Agora, abra os olhos. Há teias em suas esperanças. Está perdendo o jeito? Está adquirindo uma nova força. Todas essas ânsias se entrelaçam com suas frustrações, e alimentam sua força e seus receios, seus desejos e anseios, suas vontades e calamidades.

Alimentam sua escuridão e sua esperança.

Porque João pode rastejar feito um verme, mas explodirá em chamas de glória quando o momento chegar. Nunca mais nos rebaixaremos a caprichos de outro alguém! Poderemos um dia ser a chuva, para unir os eternamente distantes céu e terra, mas prefiro ser o fogo, que tudo queima e destrói. Nossos sentidos se aguçam para que a lama pútrida do fracasso não endureça demais, uma vez que basta quebrar o ovo de onde nascemos partindo a própria casca. Alimente-se de sonhos, viva na sua fantasia particular e rasgue o peito para que o amor jorre em cascatas! O amor que você esconde e oculta de todos, na presunção de não os considerar dignos, afundando-se na sua própria arrogância... mas você deve compartilhar, João. Sim, deve compartilhar o que você é de verdade. A partir de agora.

Mudanças nos alimentam, liberdade nos faz crescer.

Será sempre livre para voar flamejante através dos céus, se for capaz de abrir o peito de sonhos e fracassos. Porque os fracassos fazem parte de nossa verdadeira existência, e nos ensinaram a ser mais fortes. Quantas perdas do mundo nos edificaram para que nos tornássemos um homem digno? Muito centrado, excessivamente olhando para si, então quantos poderão nos responder? Poderia João amar outra mulher além de Maria? Quando Maria chegará? A nega velha disse para aguardar, pois a missão de João agora é outra. Maria não chegará agora. Alimente-se de carnes doces e compartilhe seu amor, mas não haverá Maria. Concentre-se na sua missão.

É difícil abrir o peito, não é isso? Deixe que queime.

Quaisquer insucessos serão tolerados. Pode perdoar a si próprio? Não rasteje no esgoto, não é hora para isso. Não será o mesmo, se assim o desejar. Maravilhe-se! Estamos nos repetindo. De qualquer maneira, algo está sendo feito. Pule de prédio em prédio, jamais se deixe desolar pelas exigências do mundo. Inundam-se de tolices. não serão perfeitos! Jamais serão. Aceitem o que são. Entreguem-se e se firam, e aprendam com o sangue derramados de seus corações dilacerados; só assim crescerão, somente dessa forma tornar-se-ão seres humanos plenos! Amem-se, e permitam-se amar outro alguém!

Alimentem suas escuridões, alimentem suas esperanças!


**As opiniões expressas nesse post são de total responsabilidade do seu autor.**

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O cristal desnudado


Os pés protegidos por uma leve camada de couro passeiam pelo asfalto visitado toda semana, sem que se lembrem da referência que os impedia de desviar do caminho quando a necessidade era irremediável. Todas as cores que habitavam por poucos instantes os penetrantes olhares que a ele eram dirigidos eram remotamente familiares, porém algum elemento havia se deslocado e impossibilitado o seu rastreamento, mesmo pelo visitante assíduo da tremendamente curva alameda. 
As placas que sinalizavam locais onde era possível estacionar lá permaneciam, entretanto a falta de contraste com o fundo da tela fazia com que  sua presença fosse carregada de pouca autoridade. O gosto do pão francês se lançava ao vento, em uma tentativa de se revelar independente, mas as vozes que o compuseram não eram mais vítimas dos olhares dos compradores e transeuntes. 
A mão levemente suada do observador se adiantava para capturar a essência da atemporalidade no repleto esquema proposto por portas entreabertas, pálpebras semicerradas e janelas recém descobertas. O vento adentrava sem aviso a garganta seca do andarilho, como se tentasse admitir a familiaridade perdida que a visita dos rastros abandonados provocava. Era definitivamente uma invasão, no entanto ela era premeditada. Não houve interesse em se colocar obstáculo para a descoberta da anti-superação. 
A invasão do desconhecido era inevitável, e cada vez mais frequente. Os olhos do observador eram os mesmos, porém agora se encontravam retesados, em permanente estado de anestesia, insensíveis a possíveis mudanças na pressão ou na temperatura. 
O sujeito completamente indiferenciado sobrevive em meio à alameda que um dia se apropriou de sua vida, e que agora era vítima da apropriação indevida dos terrenos anteriormente pertencentes a olhos impressionáveis. A calça mais curta do que a etiqueta ditava se molhava nas gotas que se reuniam em poças realocadas periodicamente. 
A água era imutável. Um sorriso breve recai sobre o semblante anteriormente controlado e parcamente afetado pelo forte vento que cedo retornava. Tufão.

*Escrito por Fernanda Marques Granato.
*Esse texto está protegido pela lei de direitos autorais. 






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