domingo, 19 de dezembro de 2010

Monotonia branca

Férias.
Madeixas ciano-prateadas nos deixam esquecer o céu aberto por uma eternidade. A menina agiliza a passagem dos três momentos definidores de seu caráter, todos de vital importância: a habilidade motora em alta velocidade, a percepção das sensações inesperadas e a honestidade surpreendente.
Seu cabelo voa nas ruelas abandonadas da cidade de Westminster, sem saber como retornar ao caminho já conquistado. Os fios não confiam mais nela, e provaram sua inimizade em diversos momentos intensos porém separados. Prudence não pode mais enunciar com prazer o significado de confiança, pois ele fora embora há décadas e não disse quando voltaria. Com desprezo, jogou a neve por cima de seus olhos verde esmeralda e não olhou para trás para se dar ao luxo de notar as lágrimas que eventualmente surgiram nas suas saídas de observação mundial. A neve agora detém em seu interior cada lágrima sua encapsulada, e cai toda noite, sem falta, com total determinação, em toda Londres perdida no vácuo de conhecimento absoluto. As verdades não são reveladas quando as perdas não são reconhecidas e os atos são negados na sua raiz tão simuladora do aparentemente já compreendido, entretanto nunca completamente contemplado. A falha é necessária, e Prudence percebera isso tarde demais. Agora suas pérolas lacrimais eram deixadas com descaso em qualquer recanto. Desamparo.
A falha, disse com fraca convicção a si mesma, nos revela quem somos na profunda natureza. Sem nos desvencilharmos da verdade e sem assumirmos outra persona. A falha é infalivelmente pura. E precisa.
O inesperado sol se coloca em meio à neve, fraca presença a envolve num abraço recorrente em seus sonhos, de fraca compaixão, fraco pesar, fraco desespero. O ardor sentido no calor insuportável e intenso do coração deixa o sol para segundo plano, sem saber qual é o próximo passo esperado. Representação. O coração hesita por um segundo mas logo mostra: a casa está ao lado. Ficarei.
As surpresas não planejadas são o inesperado mais aguardado da vida. Ah, mundo controverso!


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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Notícias de Segunda [21]

Bom dia!
Quem tá de férias levanta a mão!!!
_O_
É, pois é, não terei férias, só recesso. Vida de estagiária né?



Educação
Melhores salários aos professores dão mais resultado que turmas menores (Não me diga!? ¬¬)

Brasil
Novas cédulas do real começam a circular hoje (Depois do dinheiro de plástico temos agora o dinheiro que parece de mentirinha.)
EUA dizem que Brasília pode ser alvo de terroristas (De quem? Dos próprios brasileiros fazendo justiça?)

Animal
Gato sobrevive 30 minutos sob capô de carro, ao lado do motor ligado (Quem disse que gato preto dá azar?)

Internacional
Suécia tem recorde em denúncias de estupro (Risos de @im_the_hero e @Clarthur em 3...2...1...)
Homem castra namorado de 57 anos da filha de 17 (Sangrando fortemente? PQP hein BBC?)

Piada Pronta
Modelo italiana assume namoro com Ronadinho Gaúcho (Corajosa!)
"Detesto escrever pra gente pobre", diz Vera Fischer (Péra! Vera Fischer escreve? O_O")

Imagem
Vi no twitter da @juliadalkmin que viu num tumblr por aí.


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domingo, 12 de dezembro de 2010

O melhor presente de Natal vivo

Muitos dizem que a felicidade é uma obrigação na nossa sociedade. Para mim, configura-se como uma necessidade que só é suprida na presença de outro alguém.

Esse alguém que existe comigo, respira comigo, se nutre do compartilhado e precisa do total que formamos tanto quanto eu. Esse alguém que sabe quando eu preciso de ar quente, quando estou sufocada pela realidade abrupta e quando preciso de uma palavra secreta.

Esse alguém me coloca na água e me faz ficar seca, me recosta no formigueiro e não sou picada. Esse alguém constrói uma reserva de ar para toda a minha vida, e me diz quando e onde posso acessá-la.

Esse alguém sabe quando preciso do que, e sabe como as coordenadas foram cravadas no mapa da minha felicidade. Esse alguém as segue fielmente todos os dias.

Todos os dias, esse alguém se encontra no rio e busca a água da qual tanto preciso. Reúne todas as suas forças e as solidifica em amor construído. Posteriormente, procura determinado o ar e não encontra, até me ver do lado da prímula revelada. Essa nudez me acolhe, lírio vestido me acalma.

Esse alguém me mantém viva.


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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Notícias de Segunda [20]

Oi pessoas =D
Calma, calma. Eu sei que não postei semana passada, mas eu estava extremamente ocupada. Quase um zumbi. Por favor não me culpem. Prometo (tentar) não fazer de novo.

Seguem as notícias:
*-*
Tecnologia
Estudo diz que wi-fi pode ser prejudicial às árvores (Ahãm. E a poluição não tem nada a ver com isso.)
Facebook muda a página de perfil do usuário (Será a orkutização do Facebook?)
Vírus no celular? Saiba como prevenir (Ainda mais o meu que eu carrego na USB né não?)
As diferenças entre o iPad e o GalaxyTab (Tanto faz, não tenho $$ pra comprar nenhum deles. xP)

Política
Detalhes do desempenho de Tiririca nas provas de leitura e QI (Analfabeto funcional, ou seja, tá na média da população.)
Dilma e Serra somem do Twitter após as eleições (Eles só queriam seu voto.)

Violência
Garoto que agrediu homossexual na Paulista pede mais uma chance (Resta saber se a nova chance é pra se regenerar ou pra matar mesmo.)

Internacional
Campanha espanhola cria polêmica ao relacionar camisinha à hóstia (Chupa!)

Cinema
Morre Leslie Nielsen (Era pra ter postado semana passada por indicação da @licrisantos)

Imagem (clique para ver em tamanho grande)
Meu Ego que já não era pequeno, imagina agora. xD





















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domingo, 5 de dezembro de 2010

ALL ABOARD

Por que nós respiramos? Nenhum cientista tem resposta para essa pergunta. Nunca tiveram. E nunca terão, disso tenho absoluta certeza, da mesma forma que tenho certeza de que a vida é curta e rápida e extremamente intensa. A vida é sentida em pequenas lufadas de ar que soltamos para o vento que se aborrece com a nossa presença. Nunca fui aceita totalmente.
Nunca soube trocar o sofá de amplitude, e fui severamente punida por isso. Mas ninguém me puniu. Apenas o ar que decidiu não aparecer hoje, e nunca mais. Pois se respiramos apenas para produzir dióxido de carbono, desculpe, mas ninguém me disse que era só para isso que fui chamada. Estou cansada de servir ao mesmo propósito.
Nunca estive tão exausta, tão desgastada, tão ignorante. A minha função é tão grande e tão pouca que não existe sequer aberta, sequer fecunda, sequer fechada para a câmera que me analisa no entrecorte, toda a vida, de perto da minha fraqueza. Tão perto que nem sei mais como me esquivar do perigo, e corro solta, congelada, sem leveza, sem dissipação alguma. Cadê a placa? Nunca vi essa rua estreita que me atrapalha, de tão reduzida e embaçada. Preciso da verdade. Mas não quero assumir responsabilidade por essa resposta. Se respiro porque sou solicitada, não quero. Se respiro porque preencho, não quero. Se respiro porque aprendo, não utilizo qualquer ferramenta de auxílio que justifique.
As palavras fogem de mim, o ar foge de mim, todo mundo foge de mim. Sou aquela que aqui estou, livre e fechada, para lembrar a todos que o ar não nos deixa escolhe-lo. Nós somos obrigados. Não é consensual. É mandatório. Não foi visto um alguém enluvado que nos mostrou a saída, caso quiséssemos ausentar-nos. Estamos cerrados no insignificante local do descabido. Digo a todos que compartilham do dissabor sentido por todos do mesmo recanto que desse mundo não saio jovem, pois demorará a apagar todos os rastros de destruição sedutores.
Uni-vos. Porque o pesar destrói nossas casas enquanto esperamos.

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