segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Idiotices do João [57]


As encomendas poderão se elaborar um pouco mais. Neste instante, os viadutos se devoram, no mesmo instante em que preâmbulos se esquecem de flechas atiradas por anjos desmiolados. Vamos entender um pouco, sim? Vamos conter ansiedades, enquanto os instrumentos se entortam sozinhos. Vamos celebrar solidões metodicamente construídas em nome de coisa alguma. Algum brilhantismo para nos livrar do tédio cliché de todas as eras? Foi mesmo escrito em pedra que assim seria? A ideia aparentemente deturpada do tempo inebriou-se de formas contundentes e precisas - deslocado no próprio espaço, além de qualquer ousadia meramente mortal, ele poderá manter-se adiante de vários futuros distópicos e sem substância. Meu amor, poderia me ajudar, sim? Estamos compreendendo outros padrões, outras alucinações sem o menor valor. Estão discursando alto, estão acalentando possibilidades escusas. Iremos nos perder novamente, ó, Santo Cristo, nos abençoe! Vamos orar em nome das almas despoduradas que nos tornamos ao relembrarmos nossos diversos passados! Ele estava deitado no sofá quando acordamos, estava deitado no sofá com olhos vítreos, estava se esquecendo de mais um dia de trabalho? Elas pediram sem carne, ofereceram opções, enquanto permanecemos de olhos baixos? Quantos casais dormiram no sofá da sala enquanto nos esperneamos na escuridão? Estavam abraçados, eles de longe se encontram, mas irão à casa alheia e deixarão de fazer amor em local mais reservado? Se você realizar confusão suficiente após o término do dia de trabalho, talvez garanta seu lugar à luz da lua. Enquanto isso, chovia. Na verdade, ja havia desaguado, causando desventuras para famílias diversas. Pessoas morreram quando o carro atropelou o bar. Quantas televisões serão necessárias para divulgar todos os sangramentos do mundo? Último dia do festival agitou diversas almas sedentas de entretenimento, comentaram todos nas redes de sempre, vomitaram seu orgulho de apreciação, enfrentaram bravamente o tédio causado pela pureza de existir. Enquanto isso, gravávamos depoimentos mutagênicos fingindo o máximo de empolgação possível. Isto aqui não será compreendido sem maiores subterfúgios de memória, podemos assegurar, não gostaríamos que nos vissem passando a noite em claro, está sonâmbulo outra vez? Pensamos em absurdos de concepção, havia alguma coisa magricela que se adentrou na sala, estamos aguardando contato. Estamos aguardando, estamos confabulando. Não entraremos em salas nebulosas, embora as névoas já estejam nos sufocando bastante. Os futuros possíveis se enforcam enquanto tentam definir a si próprios, mas o que enxergamos não se compara a qualquer avaliação meramente retardada. O que não se diz em voz alta, certamente. Não temos óbito para relatar, ainda que novas personalidades deixem a existir a todo momento. Gargalhadas de gralha ao fundo, tal como é, todos os dias. Alguma nova imaginação para nos atribuir? Olhos vendados para a escuridão, para variar. Estamos encurralados nos caminhos que nos levarão às estrelas? Estamos de olho nas possibilidades em profusão, ainda que nada se realize. Estamos nos apequenando, estamos nos contraindo. Vamos nos abraçar. Vamos sossegar. Vamos aguardar o que está por vir. Vamos amadurecer.
Vamos continuar nos enganando, mas é claro.
Enquanto isso, o mundo caía. Enqaunto isso, decaímos de nossa alta posição. Enquanto isso, fomos tragados pelos senhores deveres de direito, pelas diretrizes que outorgam lamúrias e idiotices a todo o instante. Onde estava a nossa aleluia? Mais gargalhadas de gralha, a estrela estava para nos deixar, mais algumas argumentações contra, mas especulações, vamos forçar o entendimento, ele nos ligou ou mandou mensagem, gostaria que comprássemos, gostaria que contribuíssemos, ela entrou em contato após longo tempo, você poderia me entender se quisesse, enquanto estão de luto, outros estão na luta, e outros na labuta, os homens-coxinha desceram as escadas, estão todos sempre muito comportados em seus trajos, vários, vários deles pelo elevador, clones sem imaginação uns dos outros, cada um achando que possui algum valor à sua própria maneira apodrecida, adjetivos, adjetivos, o mundo caindo, vamos rasgar as folhas, vamos chutar os congressos reunidos em poucas décadas, por que ele continua existindo?, por que ele continua insistindo, está se coroando o rei de todos os linguarudos, está aleatório, assuma sua própria incerteza, está faltando ousadia, está faltando, o meu caldo de primórdio está se fermentando, eu sou a célula anterior a todas as demais existências, ele está tentando acessar a sabedoria primeva, se eu me jogar da janela hoje poderei voar rumo ao paraíso dos iludidos?, anteriormente no quintal havia cera vermelha, mas aí amanhecemos com ela morta no chão, estraçalhou a carne com dentes de aço, houve explosões de empolgação, parabenizaram a funcionária que descobriu a pólvora molhada, temos de nos abastecer com novas bibliotecas, alguma cantoria para amolecer um coração desavisado, havia pulmões num tubo de ensaio, os pensamentos foram abertos para que houvesse prejuízos claros, o desassossego falhou, deveríamos buscar os conhecimentos magníficos da humanidade e destilar as joias do conhecimento para que todos ficassem a nossos pés, glorificando-nos como senhores supremos de todas as letras e palavras, mas enquanto isso estamos apenas nos desperdiçando com bobagens sem valor.
Dessa forma, como conclusão óbvia, alteramos os contratos para que nada, em hipótese alguma, faça sentido para os futuros desbravadores das idiotices que estão por vir.
E foda-se a felicidade.

**As opiniões expressas nesse post são de total responsabilidade do seu autor.**

sábado, 21 de setembro de 2013

Idiotices do João [56]


Era um tal aleluia, mas compreendemos, ao lado de João. Glorificado seja nosso Senhor.
Sairemos para nos embalarmos com os ditames das trevas de ontem - nós aceitamos as sombras que se contorcem em nosso sangue, obrigado. Saudamos a beleza dos erros, nós erramos em detrimento de um perfeito comportamento inexistente - se não tivéssemos tentado, estaríamos chicoteando a tentativa não realizada. Estivemos em turnos, olhando para os lados e nos perdendo em sórdidos devaneios. É o que somos, João nos agradece de joelhos, é o pináculo das frases inarticuladas que produzimos. Seja sôfrego em suas demonstrações, ao mesmo tempo em que demonstra enorme potencial para se expressar devidamente perante uma plateia amante dos grandes espetáculos.
O chefe tocou no meu ombro, apresentou sua filhinha, havia oito anos. Nós estamos em idade próxima, digo, ultrapassamos a idade de quando a criança havia sido concebida. Ajudamos João a alterar sua ansiedade, aceite as sombras em vosso sangue, assim dissemos em concetração, eram olhos fechados para escuridão, joelhos, se você cair, se o mundo lhe virar as costas, já conhecemos de cor os versos, nós temos cor, João soltou urros guturais para a madrugada, talvez devêssemos nos admirar, poderíamos nos permitir a alguma lágrima de emoçãopor que você está olhando para mim dessa forma?, perguntou, por que você está se perdendo no vórtice desses seus pensamentos de intensidade tacanha?, eraa verdadeira pergunta, nós compreendemos, há sustos, não estávamos ali, gostaríamos de abraçar, talvez, apreciaríamos o contato, tentamos no fim como se fosse uma besta dessas qualquer, fechamos os olhos para compreender, sorrimos quando aceitamos as sombras que percorrem nosso sangue, nós cometemos erros, nós somos egoístas e carentes de maiores emoções, nós consideramos insuficientes as atuais promoções, havia mais pensamentos e precisamos resgatar, havia uma miríade de sensações quando nos afogamos cobras, serpentes emplumadas voando pelos orifícios do mundo, o livro da loucura nos auxilia com novas opções de corrupção e uma nova compreensão das trevas em nosso coração, no entanto, quando reabrimos o livros dos feiticeiros arrogantes avistamos ali um modelo de um senhor professor pertencente a uma casa antiga e nobre de mágicos do continente negro, esse senhor professor cuja missão é esparramar inspiração para um mundo carente de brilhantismo e negligente para com suas crianças, sim, o professor badass que prometemos ser antes, preencher as crianças com inspiração para que sejam algo mais, o João deve entender que seu carisma teatral deve servir às pessoas, e não a si próprio, entendemos que nosso dever é realmente ensinar o mundo, conforme nos ensinou a mestra dos números, ainda devemos retornar à grande missão, para que João finalmente possa ser digno de seu bonito discurso, foleamos os livros de tradições místicas e relembramos nosso papel no universo, aceitamos as sombras que se estrangulam em nosso sangue, nós somos o que somos, meu caro João.

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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Idiotices do João [55]


Havia flores quando João acordou, anteriormente adornadas com toques de aplausos. Ele havia concordado conosco que a melhor tática era entregar-se à incerteza de futuro e abraçá-la com todo seu coração.
No entanto, João ainda desmorona perante críticas.
Obcecou-se com a perfeição que jamais atingirá, e chicoteou as próprias costas quando percebeu que errou. Agora, está medindo o que está transmitindo. Apresentou fraquezas e escancarou arrogâncias imbecis. Travou. Desejava desaparecer da vista de todos, para não se expor mais e para não cometer mais erros. Deseja se enterrar no quarto escuro, na esperança vã de que nem ele possa enxergar a si próprio.
Ele falhou em mais uma tentativa absurda de se relacionar.
Deveria esperar que acontecesse naturalmente, uma vez que as pessoas possuem seu próprio tempo. Mas João, embora negue sistematicamente o controle, apavora-se quando o fluxo acontece além do seu planejamento.
Está se fragilizando enquanto fracassa em dizer a verdade.
Está tremendo. Deseja se enterrar o mais rápido possível. A teoria é bonita, as cenas passam pela cabeça como um filme ideal. Toda a narrativa se desenrola lindamente. Agora, seria a parte em que se vitimiza, talvez devesse dizer aquela tolice que todos adoram proferir, “desapego”, essa bobagem que todos tentam convencer a si próprios, “desapego”, esse demônio invisível vai atormentá-lo por anos. Os espíritos se divertem, se é que estão prestando a atenção. João é um banquete e tanto, não é mesmo? Quantas honrarias seriam concedidas para esse que morre de pavor de fracassar? Espíritos zombeteiros, espíritos do desespero, espíritos da depressão, todos esses lambem os beiços quando dão de cara com o energúmeno chamado João.
“Você não mudou nada”.
Ainda é a criança arrogante e insegura, prepotente e apavorada, que não consegue dar um maldito passo sem se atormentar, sem se questionar, sem se intrometer nos próprios sentimentos. Os sentimentos que não compreende nem aceita. Devora-se por dentro, corta-se com uma navalha enferrujada. Sangra. Dramatiza em excesso.
Dói. Dói sempre. Dói a ponto de a janela parecer sempre convidativa.
Seria apenas um instante. Tudo terminaria. Todas as tolices chegariam ao fim. Por que não experimenta, João?
Por que ainda há muito para ser feito. Ainda possui missões para cumprir. E só por isso, apenas por isso, João ainda se dá ao trabalho de se levantar da cama, todos os dias.
Você é deprimente, João. Nós te desprezamos muito.
Eu sei. Sim, eu sei. E no que vocês me ajudam? Fiquem quietos! Eu escolhi meu próprio caminho e viverei meus próprios desígnios. Eu sou teatral e dramático e enxergo idiotices que não existem. Eu sou imbecil e patético. Mas isso é o que eu sou, e eu viverei como quiser. Vocês, malditos zombeteiros, não têm absolutamente nada a ver com isso! Eu posso me superar, e vou fazer isso! Eu tenho total consciência de que a minha fala bonita nas redes sociais não condiz com as minhas ações, tenho total consciência de que sou um covarde que não consegue assumir a si próprio. Mas eu vou conseguir! Eu conseguirei ser eu mesmo, de verdade, conseguirei mostrar o que eu sou, principalmente para mim mesmo. Eu vou conseguir, seus patifes malditos! Esperem só!
Está bem. Estamos esperando. E esperamos também que você contribua verdadeiramente com este mundo infeliz, meu caro João.

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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Notícias de Quinta [119]


Não postei semana passada então vai ter algumas coisas velhas aqui, relaxem e não me encham o saco. ;)

No Brasil
Músico Champignon é encontrado morto em sua casa em SP (Um dia antes minha mãe fez estrogonofe. Coincidência?)
""Hackers"" brasileiros confundem NSA com NASA e derrubam o site errado. *risos*

No Mundo
Ator de "Star Trek" casa com namorada 38 anos mais nova. A cerimônia foi realizado por Ian McKellan. Épico. *invejando a noiva*
China reconhece o emprego de “punheteira”. Esses chineses. Eu tenho nojinho. >.<
Nasa paga salário para selecionados passarem 70 dias na cama. Mandando meu curriculum pra NASA AGORA.
Criador dos videogames da Nintendo, Hiroshi Yamauchi morre aos 85. =/

No Caderno
O João estava "um pouco" deprimido na semana passada.

E vocês de novo com esse negócio de Coca com rato?

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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Idiotices do João [54]

Você é um maldito pretensioso, João. Um arrogante mentiroso. Só que depreciar a si próprio não adiantará. Porém, você insiste nesta espiral. Poderia, ao menos, tentar se expressar adequadamente, ao invés de simplesmente vomitar sem nenhuma classe. Você é um mentiroso. Quem você pensa que é para dizer que a mocinha se chama Maria? Seu arrogante estúpido. E dependente emocional. Você atormenta a mocinha com as suas idiotices. As idiotices são só suas, e você é quem deve se aguentar. Ature-se sozinho, e deixe o resto do mundo em paz. Afogue-se neste teu drama inócuo. Adoramos. Agora, foi lá naquele programa. Fez o espetáculo que eles queriam. Você é um imbecil. As pessoas te olham estranho quando você não consegue falar tudo que deveria, como acha que deveria. Você perde tempo elaborando cenários mentais que não se concretizam. Você é um estúpido, João.
Deixe a mocinha em paz.
Você vomita bonitas palavras sobre os direitos das mulheres. Quem lhe deu esse direito? Você é um homem deprimente como todos os outros. Adoramos ver você se enganando! Você cometeu atrocidades contra as mulheres no passado, você se lembra? Nós lembramos. Você é um machistinha medonho como todos esses que você condena e repudia. Nunca chame a si próprio de “homem de bem”, seu enganador miserável? Com que direito você fala de mulheres?
Com que direito você se pronuncia como se fosse inocente dos teus crimes?
Um chicote para as costas, ou um pulo na janela. Gostaríamos que houvesse asas de morcego suficiente para todos nós. Você deseja voar noite adentro berrando todos os seus infernos em silêncio, chorando sua solidão e suas lamúrias idiotas. Você não tem valor, embora se esforce em fingir perante todos que é digno de existir.
Você é uma Rainha Dramática. Rainha? Não menospreze as mulheres. Você é um Rei Patético. Certeza.
Deixe a mocinha em paz. Não a incomode mais com seus pretensos transes. Vá ter de pena de si mesmo ali no canto escuro do teu quarto! E vá sozinho, porque não queremos mais saber de você, João.
Você é só mais um que fracassou miseravelmente em existir, João.
Agora, vá se arrastar para mais um dia deprimente. Até mais.

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Notícias de Quinta [118]

Rindo muito meo deos!

Hoje tô tão ruim de categorias que isso aqui vai parecer vídeo do PC Siqueira, com três tópicos: Videogames, Teletubbies e Zumbis.

Videogames
Sobre os video-jogos, só notícias boas (e velhas, porque né? ¬¬)
Pesquisadores afirmam que jogar videogame faz bem para crianças e eu sei disso desde de que era criança *já faz um tempinho*.
Estudo afirma que jogar videogame pode melhorar a memória dos idosos. Bora botá os véi pra joga no plaisteixo!

Teletubbies
Esse bonito seriado infantil foi filmado em uma fazenda na Inglaterra mas acontece que agora, 12 anos depois (sim, 12 anos, teletubbies deixou de ser produzido em 2001) a fazendeira decidio alagar o cenário en que era filmada a série porque os turistas estavam enchendo o saco. xD

Zumbis
E pra fechar com chave de ouro: Doença em pombos de Moscou deixa as aves como "zumbis". Como se pombos normais já não fossem ruins o bastante. E eu acho que eu vi um pombo zumbi esses dias na PUC. *medo*

No Caderno
O João, com a idiotice dele, passou por aqui essa semana e não tava muito contente não.
Eu
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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Idiotices do João [53]


Não estamos sozinhos. Não temos medo. Não somos infelizes.
João encara o plano em branco. Havia solucionado grandes mistérios e alcançado poderosas resoluções, mas se acovardou perante a própria crítica e desistiu de se expressar. Continua criticando-se antes de ser criticado, continua se justificando por ser supostamente estúpido. E acaba de estragar o início de seu relato.
Então voltamos e escrevemos acima. Vejam.
Nós temos vários recados para você, caro João. João desdenha dos familiares e se afasta, e acredita que seja esse o motivo de seu fracasso nas relações. Está se justificando com tolices e proferindo falta de aprofundamento. Temos todos de cavar fundo nas argumentações para sermos levados a sério. Então, vamos nos depreciar de novo: isto aqui não tem valor algum. Desta forma, justificamos nossa inutilidade. Ninguém prosseguirá com este relato até o fim.
Agora que já espantamos 99% dos que abriram isto, podemos continuar.
O antídoto está aberto sobre a mesa. Basta apenas uma dose para que tudo fique bem. Prentendemos alcançar a resolução. João, nos simplesmente lembramos de vários passados seus. Poderíamos dizer alguns aqui, era mais bonito quando pensamos, é sempre belo quando idealizamos os pensamentos. Onde estão suas habilidades com as palavras? Justificativas outra vez. Foco.
Está bem.
Nos visualizamos o que nós fomos. O nascimento de cada um de nós foi vislumbrado. Existimos para que você seja forte, caro João. Fomos estrangulados pelos nossos medos, estamos sendo vagos, estamos sendo vagos, fomos esntragulados e desistimos de alcançar maiores valores. Fugimos quando nos apontaram o dedo, olhamos para baixo para não ver os olhares de reprovação. Quando estivemos diante dela, nos acovardamos e deixamos que o outro fizesse o serviço. Pegamos uma faca de cozinha, apontamos para nosso próprio peito e pensamos na vida. Estamos perdidos. A resolução a que chegamos era outra. Havia muito para contar, mas diante do plano em branco, perdemos.
Há mais, vamos tentar.
Estamos encarando as experiências anteriores. Quando nos reunimos na varanda para confabular com nossos amiguinhos, pensamos que aquele joguinho de imaginação seria o máximo para toda nossa vida. A cera era vermelha e nos manchava. As cadelas abanavam o rabo e nos lambiam. Nossas únicas amigas. Rainha dramática ataca novamente. Revolveram-se as épocas e estávamos sozinhos no prédio enquanto chorávamos em silêncio. Mesmo que estivéssemos com um sorriso nos lábios. Não havia qualquer aderência aos sentimentos imaginários, essa palavra esquisita. não conseguimos pronunciar, está bem, esse tal “amor”, não vamos entrar em maiores reclamações cliché, por gentileza. Estamos confundindo. Não sabemos os motivos de insistências. Aquele coleguinha, reclamando da vidinha, postando-se como o senhor forte e desdenhando dos que estavam apaixonadinhos, estava agora, está, ele mesmo, um besta apaixonadinho desses qualquer. Seremos um desses novamente algum dia, meu caro João? Novamente?
Não foi essa resolução a que chegamos, contudo.
Então vamos ao seu simulacro. Mudou-se num instante, vamos ao seu simulacro, aproveitando o isolamento.
Havíamos pensado, agora dito racionalmente, haviámos pensado que não precisávamos. Lembramos do passado e então fingimos para nós mesmos que não estamos sozinhos, não temos medo e não somos infelizes. Como diz a música. Dessa forma, tentamos nos libertar da necessidade de Maria. Que não existe. Que é uma ilusão. Então, enquanto durar a pressão. Agora, descem as escadas várias intermediárias. Novos rostos. A vergonha cresce no momento em que novas relações fracassam. Novas relações fracassam. João, estamos conseguindo. Não estamos. Aproximar-se é um fiasco, muito em breve se cansam. Rainha dramática, nós somos. E isso é bastante tolo. Estamos olhando.
E então paramos, para nos exibir um pouco.
Nossa aparência chama atenção. João gesticula muito e fala alto e chama a atenção. E é claro que tal coisa não significa nada.
Estamos perdidos.
João almeja uma majestade ilusória, na qual acredita que conseguirá se libertar da dor e da vergonha. Dor e vergonha, palavras clichés, nesse contexto. Justificando-se, sempre. Não consegue ir adiante. Sabe que é ridículo apresentar textos bonitos e bem elaborados acerca das questões do momento, uma vez que não consegue sequer lidar consigo próprio. Então, finge que não se importa, o máximo que pode, e quando percebe que já falou demais, se afasta. E não adianta absolutamente nada.
Não há nada em lugar nenhum, meu caro João.
E vamos continuar falando, porque as desgraças inócuas de sua vidinha nunca terminam.
Considera-se muito “profundo”. Uma idiotice que significa apenas pretensão babaca e inútil. Especializou-se em xingamentos e depreciações, especialmente os para si próprio. Sofre de um caso sério de N/A - necessidade de aparecer. E falha miseravelmente em se apresentar como verdadeiramente é.
João não faz mais ideia do que diabos está falando.
Vamos continuar vomitando para que não sobre mais nada. Mas ainda continuam fervilhando, continuam nos zombando. Todos nós. Quantas pessoas você fez sofrer, João? Não reclame, em absoluto, do que lhe causam. A rainha dramática ataca novamente. Está depreciando de novo a própria angústia, antes que o façam. Você não vai controlar o que pensam, não vai controlar as opiniões.
Então fomos ver os aniversários.
Não cosneguimos declarar os pensamentos verdadeiros ainda. Há um excesso de informações. Não conseguimos nos mostrar. Não estamos conseguindo prosperar.
Deveríamos dissertar acertadamente sobre algum assunto, algum assunto da moda, e dessa forma angariar grande e momentâneo reconhecimento. Iríamos sorrir e nos achar o máximo. E então o dia seguinte viria e perceberíamos que continuamos sozinhos.
Estamos nos alongando porque não há mais nada para se fazer neste instante.
Aquele pessoa em segredos consegue confortar diversas almas. Espreme pensamentos e escancara a pretensão de elaborar poderosas frases de efeito. Consegue a admiração eterna de uma legião de professores que confessam seu fanatismo perante uma sala cheia. Eles estão certos, é claro. O senhor pessoa e tantos outros eram atormentados consigo próprios, que seriam e serão e são os indivíduos no meio da arena, enquanto os senhores professores de direito divagam em teses e mestrados a respeito do que aquele solitário infeliz criou. Estamos sozinho e vomitando tolices, esperando que alguns declamem estes relatos estúpidos como a grande obra do século. O que não acontecerá ou pode acontecer mas de nada adiantará. São valores que se mudam dentro de instantes, muitas idiotices foram proferidas, perdemos tempo depreciando a nós mesmos ao invés de criar algo absurdamente genial. Deveríamos tentar mudar o mundo para que a nossa existência ridícula fosse justificada. Pensamentos adolescentes. A música chegou, assim como o trabalho. Vamos encerrar como começamos: com idiotice.
Não estamos sozinhos. Não temos medo. Não somos infelizes.
Mentira.

**As opiniões expressas nesse post são de total responsabilidade do seu autor.**