sábado, 13 de outubro de 2012

Idiotices do João [36]

João gostaria apenas que o urro seguisse seu caminho natural para além de suas pequenas considerações e receios. Este receio é meu ou de outro além do nosso alcance? Há prestígios óbvios em todos aqueles que exibem seus brinquedos, eles desfilam como se fossem sarnentos ansiosos por sangue fresco de vermes saltitantes. Todas aquelas sondagem fracassaram no fim. Consegue olhar atentamente? Pensa demais, está fora. Está sem recursos. Deve parar. Enquanto isso, raciocina. João suporta o quanto? Está embaralhando, mas não está alcançando. Suportes derivados de frios em forma de tentáculos. Óbvias piadas. Insuficiente. Quantos sabores há naqueles lábios ressequidos? Uma consideração ainda pequena. 
Olhe. 
Olhe para dentro.
Há metanos digerindo a si próprios. Mas quando olha para cima não vê os paraísos prestes a cair. Rumo ao grande nada. Nada do que planejou tornou-se realidade. Então, para quê tentar controlar? Aleatoriedades, agora se entregou, sem pensar em consequências, ainda assim torna-se inválido, ainda assim apequena-se. Poderia curvar-se a mediocridades além de sua compreensão? Arrogâncias sem substância. Quantas glórias poderia desperdiçar em milésimos de segundo? Sabe que se contraria e tenta enxergar além de limites jamais estabelecidos, pretensões desviadas por leveduras sem ranhura. Estamos todos nos amolecendo enquanto nos tocamos e sentimos abraços de ternuras embebecidas de tolices e frustrações. O óbvio ululante uma vez mais. Contrários, você sabe, quando ao telefone se divorciou de suas próprias convicções. Sabe das incertezas, embora saiba de sucessos reprimidos pelo próprio medo. Suas essências se esfalecendo em sutilezas malquistas, enquanto extravagâncias se debatiam em suas celas profundas. Não há misericórdia nas avaliações de sensações  inebriadas sem classe. Não nos esperamos nos incompletos, esperamos o melhor produto, a catarse melhor elaborada sem demais mastigamentos de garras ansiosas. Rasgou-se nas madeiras rachadas, embora essa revelação nunca chegue à superfície. Perdeu-se o contato, subjetividades inócuos. Adjetivações desdenhosas. Falaria menos ao esfregar-se na verdade, o quão pouco tem a comunicar. Chama sem volume. Maquiavélico.
Abraçou-se sem compaixão. Rasgou-se enquanto saltava para voar, sem exatidão. Desdobrou-se em nada.
Suavemente, arrancou a própria cauda e a devorou enquanto sangrava.

**As opiniões expressas nesse post são de total responsabilidade do seu autor.**

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