Sou um pedregulho cadente em um mundo feito de vidro. O vidro é o meu cérebro. Meu cérebro tenta se devorar a cada novo impropério. Um novo impropério é criado a cada confabulação escandalosa consigo mesmo. Consigo mesmo você dança sob a luz pálida de um luar sórdido. Um luar sórdido surge sempre que você quer soar canastrão. Você soa canastrão sempre que escreve tomado por forte emoção. Forte emoção se ergue sempre que questões difíceis começam a se bagunçar sozinhas. Começam a se bagunçar sozinhas toda e qualquer falha de caráter que se torna evidente. Torna-se evidente as indelicadezas lógicas de disciplinas mórbidas emparedadas para fuzilamento. Empareda-se para fuzilamento a morte de qualquer imaginação precária. Imaginação precária vomita-se da boca de bêbados falidos que perambulam pelos cantos. Perambulam pelos cantos quaisquer sentidos periclitantes que se perderam aqui. Perderam-se aqui estratégias do bem escrever em troca da absorção meticulosa de melequentos gástricos. Melequentos gástricos não possuem o menor sentido a essa hora da noite. A essa hora da noite abrimos a latrina da coerência de palavras e soltamos um pedregulho. Sou um pedregulho cadente...
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