A fresta da porta se arrebenta com o maior dos pesares soltos no vento fortíssimo. Nunca soube mudar o lápis morto no papel de posição. A tortura para o papel era existir dobrado da direita para a esquerda apenas até a metade, de forma que a tinta nunca o possuísse completamente.
Nunca ouvi olvidar tamanho que me acordasse em meio às negras nuances noturnas. Saberia que foi o estranho que me trouxe a sensação que preferia desconhecer. Saberia que foi o andarilho noturno que adentrou a fogosa taverna que não sabia como solidificar a existência ampla.
A amplitude sempre foi dos outros. Nunca foi minha. Sempre fui fechada, nunca quis receber amplitudes em minha fechadura rosa-noz.
O ar parado por conta da falta de fricção das cordas vocais me mostra que devo descansar, porém as vozes virtuais não deixam o recanto se estabelecer no imaginário do mundo do exílio.
O exílio não é uma condição na qual os outros te colocaram. O ser unívoco se inseriu no sair-mundo totalmente desvairado, sem saber que estrutura deveria ser a base de qualquer mundo retangular. O meu mundo sempre foi triangular. E o ar era raríssimo. Estoquei o quanto pude, entretanto recentemente fui invadida.
Por uma amplitude que sabia abarcar a fraqueza.
Nunca mais naveguei.
Precisava de uma carta náutica para retornar.
Complexo... talvez alguma hora eu entenda melhor.
ResponderExcluirComo sempre, umas três lidas pra entender o jogo de palavras.
ResponderExcluirMuito bem feito por sinal, sempre usando acústica e outros elementos da física pra falar da sóbria introspecção.
Tá de parabéns.