domingo, 14 de novembro de 2010

Reconstrução do simulacro

A memória que foge na rua, solta e livre, nunca volta. Foge junto com aquela folha que eu procurei há muito e encontrei há abstratos nenhum segundo. Há muito busquei saber o futuro, saber o líquido que se dissolve no ar da casa ao lado, que se ergue, somente pelo arvoredo, sem interrupção de qualquer desvio de rota.

O caminho que construo em minha mente e dele faço meu individual descabido nunca encontra ressonância na lâmpada da esquina, sempre apagada. Preciso trocá-la, mas a escada ficou na cidade primeira, restrita e intocada.

As referências visitadas toda noite em minha mente são todas dele, todas nossas, todas amorosas, todas consistentes quanto o concreto que construiu a parede que observo atentamente. As revisitadas dizem respeito a minha percepção do espaço, sem alternância ou mudança de ares rebuscados.

Fujo desse ar pesado que me persegue, todo dia. Espero que eu tenha errado dessa vez no desenho do mapa.

**As opiniões expressas nesse post são de total responsabilidade do seu autor.**

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