sábado, 27 de agosto de 2011

Não há nada

Muita fúria para poucas idiotices verdadeiramente relevantes. Apenas desperdícios.
Não há realmente nada. Reivindica-se status ilusórios. Isolacionismos. Reivindica-se espaços exclusivos para as próprias ilusões. Muitas fúrias se desperdiçando. Alcançar-se-á metafísicas de sentidos sem significado? Prolixidades vomitadas à vontade.

Não há compreensão de outrem. Não se tenta compreender quem está próximo. Não há acordo interno. Não se tenta sequer um diagnóstico. Não há enfrentamento. Não há condicionamentos. Apenas raivas sortidas, intolerâncias divertidas. É menos do que uma criança. Apenas vômitos de arrogâncias sem nexo. Não há nem algum trabalho de beleza.

Não há nada aqui. Não houve esmero. Não possui valor estético. Ajoelha-se e como um verme se justifica, antes que seja criticado. Reflete sobre a própria imagem. Desgasta-se, rasga-se, cortaria em dois, se fosse possível. Despedaçar-se-ia por dentro, pelas entranhas repletas de imundícies, de clichês disfarçados de soberba, de retóricas com recheio de fracasso.


Arrasta-se na lama imunda da mediocridade. Repete-se, tortura-se. Bocejos. Ciclos. Novos fracassos. Cobranças. Inutilidades. Impaciências.

Intolerâncias.


Não há nada aqui.

**As opiniões expressas nesse post são de total responsabilidade do seu autor.**

Um comentário:

  1. O texto está muito bom. Realmente, na nossa sociedade existe um grande vazio que ocupa todo o espaço descartável.

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