segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Notícias de Segunda [25]



Política
G1 faz pesquisa com futuros deputados sobre 13 temas "polêmicos" (Sobre a redução da jornada de trabalho sem redução do salário, eles estavam pensando na própria né?)

Saúde
Meditação muda a estrutura do cérebro, diz estudo (Om mani padme hum Om mani padme hum Om mani padme hum)
Centro americano faz diagnóstico de pacientes com doenças misteriosas (It's not lupus.)

Internacional
Detento 'gigante' vai à Justiça por cela maior (Hagrid? #HPfeelings)

Cinema
Peter Jackson 'está bem' após ser operado devido a uma úlcera (Vamos todos torcer pra que o Peter não morra antes de concluir O Hobbit. =x)

Whatever
Caetano Veloso conta que filhos são evangélicos da Universal (Eta! Eta, eta eta!)
Mauricio de Sousa comenta sucesso da ‘Magaly’ da internet (Uso indevido de personagem e/ou marca. Dá-lhe Maurício. =x)

Imagem
Gatos não ligam a mínima.
Vi no QNerd que viu no Reddit.














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domingo, 30 de janeiro de 2011

Desconstruir o muro, reconstruir a percepção concreta

Quem nos autoriza a ser felizes? Quem nos manda continuar vivendo independente da causalidade? Quem nos leva a ser espontâneos e sempre primar pela moralidade e originalidade? Quem nos respeita até nos nossos mais sórdidos pensamentos?
Ninguém, o outro responderia. É a criança que quer o bem aqui e agora, o bem imediato, não mediano, não postergado, nunca sentido, só almejado. O bem que realiza ideário comunitário e curativo. Sabe aquele bem egoísta, aquele bem extremamente preservado, aquele totalmente intocado? Então. O bem criativo. Esse que nos relata a experiência do não-estar, concluindo que é melhor estar, ainda que no vazio. Mas que vazio é esse? É o vazio do sentir? O de conhecimento? Ou o vazio de justificativa? Esse, de fato, é o mais malogrado.
A justificativa é totalmente baseada num jogo vazio de lógica reflexa, que pretende formar onda atrás de onda e espera te pegar desprevenido quando você estiver de costas para a última e não puder mais desviar do choque extremado. Quando você estiver indefeso, a lógica não virá salvá-lo. Nem tente chamá-la, pois ela não ouve, apenas doutrina os incautos.
É uma série de regras para quem não sabe se proteger, mas que sabe que é melhor não questionar, pois talvez não tenha chão para me sustentar se eu duvidar da existência da parede que me abriga aqui, sozinho, no pesar dos pesares.
Não sei a saída, só me mostraram a entrada, e agora devo continuar mesmo não sabendo continuar. Devo continuar, pois a criança está lá determinada dizendo para cavar mais fundo, que está ali, ela tem certeza. Mas quem disse que devemos ser determinados?
Quem disse que é um valor admirável ser persistente? Se esse bem coletivo e todo poderoso algum dia nos vier a calhar, ele será concedido apenas se for devidamente merecido. Agora, merecer água gelada depois de muito aguardar não é muita coisa, é preciso ter consciência do esforço e da perda para de fato lograr resultado sabendo o que estava em risco.
Só um adulto pode fazer essa escolha. Só ele sabe a conseqüência do mais importante dos pormenores. Quando se desliga a luz, para onde ela vai? A criança mais pura do mundo responderia: ela vai se resguardar pois se cansou de existir sem razão definida, e vai aparecer quando for necessária. Caso não seja, será roubada. E escondida.
Aonde escondem o bem sabido e o bem aguardado? Escondem dentro da gaveta da responsabilidade e da maturidade. O sofrimento e a espera indefinida são atitudes necessárias se esse perpétuo alguém quer ver reluzir a verdade do bem dos caridosos, dos que se ocupam de se preocupar com os outros.
Só um adulto escolheria, após pensar copiosamente, o bem adiado com bem estar na consciência. Esse tem visibilidade social maior, alcance de permanência certeiro. Aqui é correto estar.
E quem nos ensina que devemos querer o correto?
Nós não ensinamos. Apenas acatamos a ordem.
Provocar questionamentos com ondulações afetivas é, de fato, mais satisfatório.
Uma boa semana para todos os filósofos e não filósofos de plantão que me lêem nessa noite dominical.

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ar carregado

A distância cavou um buraco em seu peito que dói cada vez mais, e a cura para a invasão está em outro continente, com seu coração aberto, sangrando em dia livre, desimpedido. As veias se avermelham, acuadas, tendo o seu conteúdo despejado sem economia. O portador admira o desespero que desaloja seu abrigo, infeliz, procurando mais fulgor, mas achando coisa alguma.

Folhas. Árvores perdem o que as constitui primordialmente, ficando desencarnadas, secas e remotas. O tronco grita em desilusão, desnudo no terror explícito. Sabedoria implícita. Amor desvelado. Solidão encoberta. A moça sozinha, em pé em meio à tempestade que se avoluma, não tem ar quente. Não tem um fornecedor de calor, um sabor a ser degustado, um abraço para acertar as respiradas fora de hora. Soluço.

O unido se sobrepõe ao desespero, exigindo compreensão decisiva, que logo é acatada. Tríade ativa. Unidade coletiva. Casal unido no gelo, pegadas na neve os levam ao caminho compartilhado. Um tem a resposta, o outro tem a pergunta. O mero toque já a faz enrubescer, o calor povoando terras anteriormente gélidas. A proximidade retoma o batimento de seu coração, antes interrompido pela baixíssima temperatura. Intimidade? Expiração de outrem em sua boca a oxigena.

Vulto que aparece e põe um nó em cada lágrima que busca saída de seus olhos arrepiados, para que elas não considerem a possibilidade de cair novamente. Nenhum dia sequer. Não enquanto ele detiver seu coração. Amor desafogado, perpetrado por esse alguém que saberá, simplesmente. Conhecimento adquirido. Orientação. Nada mais tem espaço em seu ser, fundido eternamente com o despudor, com a desinibição, com a completude de ser amada profundamente até que seus dias não conheçam mais o sol. Apenas a lua. Paixão. Afinal, todos precisam de um sentido para viver. Eu já tenho o meu.

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Notícias de Segunda [24]

A Chefe voltou de férias hoje, ou seja, não esperem muito de mim.



Política
Em carta a Dilma, Irã anuncia que não vai enforcar Sakineh (E os caras tão dando satisfação pro Brasil mesmo, hein?)

Brasil
Sistema público de saúde oferece cirurgia para mudança de sexo (Do jeito que o sistema público de saúde é ruim quero ver quem vai arriscar. =S)
Começa hoje convocação para troca do RG pelo novo registro de identidade (O que?! Eles não vão começar por São Paulo?)

Tecnologia
Começa hoje o maior encontro de fãs da tecnologia (Campus Party Hard \m/)

Internacional
Mãe de Schwarzenegger acreditava que filho era gay, diz o próprio ator (Ah mãe. Só pq eu tenho um monte de fotos de homens musculosos de sunguinha no meu quarto não significa que eu sou gay. Significa?)
Na Alemanha, patrões podem obrigar funcionárias a usar sutiã (Confesso que essa notícia me é indiferente.)
'A rede social' é o grande vencedor do Globo de Ouro (Não vi e provavelmente não verei.)

WTF?! O_O
Motorista não percebe falta de ponte e despenca com carro (Me lembra o pai da menina que entrou no elevador lendo jornal mas não verificou se o elevador estava no andar. Resultado: caiu e morreu.)
Garoto lambe poste congelado e fica com língua presa (E essa me lembra o menino da Família Twist beijando a estátua de gelo.)

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domingo, 16 de janeiro de 2011

A minha margem do rio

Geografia. A professora adentrava o recinto, arrumava o material, lançava um olhar cortante para a sala que deixava os risos para o corredor. Seu braço poderoso pegava o giz e iniciava a classe com a explicação mais recente sobre a Terra e as várias camadas que a compunham. O magma, as placas, as correntes de convecção. Ar quente, ar frio. Geologia.
Nunca suportei por muito tempo essas aulas, logo buscando um santuário literário para me resguardar até que sua voz metálica parasse de me causar ondas ininterruptas de dor de cabeça. As tentativas de controle e de diminuir os danos que ela protagonizava eram as mais diversas, mas invariavelmente inúteis.
Já a professora de Biologia com as plantas, a Botânica, tudo muito organizado nos xilemas e floemas, mas será que a terra se dá conta disso tudo? Ela existe por si só, sem consciência interna disso. Tem-se consciência externa, ou seja, a dos seres humanos, que têm tempo gasto em estudos e dinheiro investido em percepções e em comprovações científicas que reafirmam a mesma questão: a natureza já pensou em tudo. Ou pensou mesmo? Ou existe sem relação nenhuma e sem acesso ao inconsciente coletivo?
Sendo nós, produtores e receptores, seres humanos, sempre procuraremos algum sentido nas coisas, mesmo que nada realmente exista além de mecanismos de sobrevivência e adaptações geradas com a evolução. As pessoas não são, por natureza, controladas, daí as tentativas de estratégia social para gerar uma convivência mais pacífica, mais organizada, mais rentável, mais produtiva.
O farol de trânsito, por exemplo. Se fosse alguma característica inata das pessoas respeitar a vez do outro e respeitar o próximo, não seria necessário ter esse aparato para decidir quem passa e quem deve frear seu meio de transporte. Já para a professora de Matemática é tudo uma questão de lógica e de estatística, facilmente posta para trás com uma equação biquadrada.
Mas será que tudo pode ser reduzido a dados, a números, a documentos? E a individualidade? E aquilo do que todos os documentários do Discovery nos convencem, de que não existem duas pessoas iguais no mundo? O que traz a unicidade? Aí entra o professor de Filosofia que rearranja a sala em círculo e propõe debates, provando a existência de diferentes pontos de vista, que por um lado enriquecedores às vezes apontam para cantos diferentes da quadra, sem de fato formar um time. Esse professor também provocava posicionamento de mim e de meus colegas, se seríamos adeptos da teoria hobbesiana, de guerra entre os homens até que o estado venha propor uma opção viável, ou da rousseauniana, do bom selvagem corrompido pela sociedade.
Acredito que ninguém nasça mau e uma instituição possa mudar drasticamente a índole, o caráter ou o comportamento e que ninguém nasça bom e seja corrompido. Cada um nasce de um jeito e se transforma, e isso é inevitável, porém essa não é a característica que as pessoas não gostam de ressaltar. É a falta de controle que deixa todos à beira de um ataque de nervos e sem ação diante da faceta mais primitiva da humanidade que nos habita, membros da sociedade do século XXI: a impulsividade.

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Notícias de Segunda [23]

Segunda segunda do ano e eu morrendo de sono pra variar.
E esse horário de verão que só acaba em fevereiro hein? Preciso dormir uma hora a mais. u.u"



São Paulo
Em 2 anos Kassab atinge 15 de 223 metas (Sendo uma delas foder com o nosso bolso.)
Governo revê prazos e promete apenas uma nova linha de metro até 2014 (Isso pq era pra terminar em 2010 hein? Facepalm 'seu' Geraldo.)
Chuva causa falta d'água no interior de SP (As contradições de SP.)

Brasil
Valor investido pelo governo em educação fica abaixo do custo mínimo de qualidade em 22 Estados (É por isso que o Brasil não vai pra frente.)
Cidades que sofreram com estragos provocados pela chuva em 2010 comemoram tempo bom (Melhor não comemorar muito, olha a Lei de Murphy.)

Mundo
Sem-teto consegue emprego graças a sua voz e a vídeo na web
Família britânica produziu apenas uma sacola de lixo em 2010 (O povo aqui não faz essas coisas por preguiça.)

Imagem









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domingo, 9 de janeiro de 2011

O azul nunca fora tão branco quanto o vermelho

Portão. Ninguém entra, ninguém sai. Pode ser considerado um muro, por meio do qual não há entrada nem saída. Dureza. Apenas aqueles que são predestinados, ah, esses sim, encontrarão o caminho para o portão. E só aquele que definitivamente entra se sente completo, pois não sabe de quanto em quanto tempo outros serão autorizados a abrir a complicada trinca.
E as plantas se balançam levemente, sabendo que testemunharão outra multidão em busca do bem precioso que é a aceitação. O que é, de fato, o conceito de aceitar alguém? Fazia anos que não pronunciava essa frase, entretanto apenas as plantas puderam ouvi-la. Desanuviar. Não carecia temer. Não havia nenhum alguém para compartilhar seu desprazer.
Quantos anos teria que lamentar e teria que ouvir ecoar até que desperdiçassem segundos sequer de seu tempo para vislumbrá-la ali, agachada a um canto, solitária, a espera de que alguém se lembrasse de sua vaga cor dos cabelos. Era algo, de fato, louvável. Fixação. Ocasionalmente, sentia que a água subia aos céus, e descia, devagar, respirar por respirar, até que encontrava a sua palidez impenetrável.
Atingia-a no centro, e passeava constantemente na sua pele, nos seus cabelos, deixando seus pêlos do braço freqüentemente eriçados. Despertar. Era aquela conhecida sensação de que alguém a protegia, mas ela não era capaz de identificar a tempo o seu consorte. Fugira. Sentira algo quase tão real como algo palpável, mas desaparecera tão rápido quanto um pensamento se escondendo atrás de um neurônio. Esvaecer.
Se alguém de fato desse importância para a cor dos seus olhos, e se preocupasse com a lembrança do que havia sido dito, e em outra instância, dissesse simplesmente "Eu sei qual é a cor dos seus olhos", poderia deixar seus olhos descansarem à noite, afinal, devido à observação constante noturna. Mania. Seus olhos brilhavam diante do portão verde. Um verde esmeralda, obliquamente desesperador. Ela queria esse verde, só para ela.
Ela queria tocá-lo com seus dedos, e poder sentir por um momento somente, que ele pertencia ao seu corpo. Solidão.

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Notícias de Segunda [22]

Fiquei algumas semanas sem postar. Fim de ano sabem como é? Encarem como umas férias merecidas.
Mas cá estou de volta para postar as primeiras notícias do ano.



♪ Nothing changes on new year's day...♪
Motoristas enfrentam congestionamento na volta do Litoral (Ao menos não em São Paulo)
Cidade de São Paulo registra 7 pontos de alagamento após chuvas (Depois eu digo que o prefeito é um inútil e o povo vem me perguntar porque.)

Cinema
Tarantino elege Toy Story 3 como melhor filme de 2010 (Tarantino tem cara de blasè)
Morre aos 64 anos o ator inglês Pete Postlethwaite (Deu ctrl+c ctrl+v no sobrenome, pq né?)

Falta do que fazer (contribuição de @licrisantos)
Casamento entre cobras Píton é promovido no Camboja (Não sei porque essa notícia me lembra o Raulzito Seixas.)
NASA encontra nova forma de vida em lago na Califórnia (Sempre pensei que a função da NASA não era procurar novas formas de vida FORA da Terra?)

Imagem
Twittado por @paty_lacerda.
Link original: http://weheartit.com/entry/5553803
















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domingo, 2 de janeiro de 2011

O natal nosso de todo dia


A rua está vazia. Ninguém foge. Só a luz, sempre compartilhada, foge para existir em outra esfera. O vazio, todo meu, todo restrito, agora é todo novo, todo desconhecido. Despreparado. Inapropriado. Impotente.

Nunca soube lidar com ele. Quando ele aparece, me toma e esqueço o que me levou a fazer o inominável, o feito pelo não realizado na sua mais completa forma.

A forma oblíqua pela qual a rua foi imaginada nunca o fascinou como eu imaginara, de início. Não o levou a enunciar o que eu julgava desconhecer, a princípio, mas na realidade sempre estivera lá. A decepção com a folha que se vai antes que eu capture a sua essência. Antes que eu segure a última gota de orvalho para que a permanência de fato se torne viável. Antes que eu saiba a verdade, ou antes que ela me consuma, impedindo-me de transmiti-la.

A folha hesitou diante de alguns saberes inomináveis que se dispuseram ao redor da modéstia descabida, não sabendo para quem pedir perdão e fugindo displicentemente.

Eu nunca soube tatear o vazio. A conseqüência da escolha, entretanto, nunca me incomodou. A folha entrou na casa iluminada de número 159, e eu o avisei do modo mais rápido e íntimo que conhecia. Ele sempre conheceu o valor da conseqüência, mas nunca compartilhou. Não comigo, pelo menos. À mim ele só destinava um olhar frio e seco, sem emoção. Esse olhar congelava meu coração e o impedia de bater ritmado. De bater de qualquer forma. Meu coração sumia e o dele entrava, sem querer saber sequer se teria espaço para a sua complexidade.

O casal se dirigiu silencioso à rua congelada no passado. Ninguém a salvara. Ninguém a trouxera para o presente. Ninguém soubera amá-la. Ninguém a amava como eu. E agora a rua fora destruída. Silenciosa, escura e abandonada, nada sobrara do seu ápice anterior. Só a folha voadora que nunca retornava.

Azul- petróleo lida mal com amarelo-fogo e joga verde para tentar escapar do não descoberto. Os olhos de Lindsey se recolheram diante do olhar decisivo de Mark, que indicou a casa com seus olhos esmeralda recente. A única casa remotamente habitada tinha iluminação natalina completa e humanização ausente. Corpo algum se movimentava naquelas paragens recolhidas pelo pesar do tempo, do descaso e da insatisfação acumulada. Lindsey nunca soube trocar a lâmpada, e se surpreendeu daquelas coloridas apresentarem-se intactas frente ao desafio consoante dos séculos sem fim.

Amarelo, verde, vermelho, azul-róseo, rosa-chiclete, laranja. Todas as cores ressoavam a ausência e o silêncio ali presentes na oposição do antes e do depois, do agora e do já vivido, do tão somente pressentido na aceleração da respiração. Quando Mark encontrou tateando no escuro a mão de Lindsey e decidiu conduzi-la à sala de estar, os dois foram buscar o coração à porta, pulando de medo antecipado. A sala continha objetos triviais de uso comum de cidadãos medianos que consideravam a felicidade datada um prazer à altura de motivo para a fuga dirigida ao além-vida.

Verde-escuro. Luzes amarelo-piscantes em ritmo alternado. Presentes ao redor. Bolas coloridas ao sabor do vento.

Nem a família infeliz ficou feliz no natal de outrora, passado no calor.

Ninguém escapa do vento. Ninguém se esvai da minha emancipação.

Feliz Natal e Feliz 2011, mais um ano para constar nos registros.


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